terça-feira, 3 de abril de 2012

“Este é um século democrático; tudo o que se fizer há-de ser pelo povo e com o povo… ou não se faz (…) Os poetas fizeram-se cidadãos, tomaram parte na coisa pública como sua. (…) Os sonetos e os madrigais eram para as assembleias perfumadas dessas damas que pagavam versos a sorrisos. (…) Os leitores e os espectadores de hoje querem pasto mais forte, menos condimentado e mais substancial; é o povo, quer verdade. Dai-lhe a verdade do passado no romance e no drama histórico, – no drama e na novela de actualidade oferecei-lhe o espelho em que se mire a si e ao seu tempo, a sociedade que lhe está por cima, abaixo, ao seu nível – e o povo há-de aplaudir porque entende: é preciso entender para apreciar e gostar”.

Almeida Garrett
in “Memória ao Conservatório”, sobre Frei Luís de Sousa

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